O que Lula realmente entregou a Trump? Bastidores de um acordo que ninguém explica

 


A Opacidade dos Acordos e a Batalha Geopolítica pela Liberdade na América Latina

A recente retirada do nome do ministro Alexandre de Moraes do instrumento de sanções Magnitsky, após negociações entre os governos de Donald Trump e Luiz Inácio Lula da Silva, levanta questões fundamentais sobre a transparência diplomática e o custo dessas ações para o Brasil. Certamente houve um acordo, mas este não parece ter sido um acordo clássico ou conduzido pela diplomacia oficial brasileira. A possível interferência de grandes empresários e banqueiros sugere que o entendimento foge ao terreno normal das relações internacionais.

A Falta de Transparência e a Legalidade Internacional

O cerne da preocupação reside na falta de transparência sobre o que foi combinado. Se um entendimento internacional entre governos implica algum compromisso ou ônus ao erário brasileiro, ele deve ter o status de acordo internacional e, pela Constituição Brasileira, precisa ser apresentado para aprovação do Congresso Nacional, sendo tornado público.

A ausência de divulgação do que foi oferecido pelo lado brasileiro é notável, especialmente porque a retirada das tarifas e da Magnitsky não teve custo elevado para os Estados Unidos,. Essa aparente vantagem na negociação para Trump — que utilizou as tarifas e a Magnitsky como "dois bodes na sala" — sugere que o lado brasileiro pode ter feito uma péssima negociação e entregue "muita coisa" em troca,. As especulações sobre as contrapartidas incluem a não regulamentação das bigtechs ou a liberação para exploração de reservas naturais brasileiras ou terras raras,.

O sigilo do acordo contraria as normas internacionais; acordos secretos são proibidos pela ONU, conforme o Artigo 102 da Carta das Nações Unidas, que exige a divulgação de qualquer acordo internacional para prevenir alianças contra terceiros. A ausência de transparência pode indicar algo que infringe tanto a Constituição Brasileira quanto a Carta das Nações Unidas. Se não estão revelando o conteúdo, é provável que "tem alguma coisa ruim".

A Geopolítica da América Latina e a Queda da "Onda Rosa"

O contexto dessas negociações se insere em uma mudança geopolítica mais ampla na América Latina. O que era conhecido como "onda rosa" – que o articulista argumenta ser, na verdade, "vermelha" – está desabando,. Essa onda foi parte de um projeto conjunto do Foro de São Paulo que buscava tomar o poder em todos os países da região, em conexão com o narcotráfico e elites oligárquicas corruptas,,.

Uma nova direita consciente está surgindo, com líderes como Milei (Argentina), Noboa (Equador) e Kast (Chile), que compartilham uma visão clara do "inimigo" — o narcossocialismo ou kleptocomunismo,. Essa direita não foca apenas na gestão econômica, mas também na segurança (combate ao crime e à corrupção) e, sobretudo, na guerra cultural, combatendo a programação esquerdista totalitária que controla as mentalidades,.

Essa transformação também está ligada à nova estratégia de segurança nacional dos Estados Unidos, que, na visão de alguns, é um tipo de Doutrina Monroe 2.0 ou "Corolário Trump". Essa estratégia inovadora explicita que o Hemisfério Ocidental (incluindo a América Latina) faz parte do mesmo contexto geopolítico dos EUA,. O objetivo é ter uma presença preeminente, afastando a influência de potências externas como China e Rússia, que apoiam o Foro de São Paulo e o antigo bloco totalitário,. Os EUA visam combater o crime organizado, a corrupção endêmica e a influência totalitária estrangeira.

A "Venezuelização" e o Estado Dual

Internamente, o Brasil é visto como perigosamente próximo de um colapso institucional. Em uma escala de "venezuelização", o país estaria em um grau 9 de 10. Embora ainda haja uma "folha de parreira" escondendo a "nudez da ditadura", não existem mais instituições independentes; todas fariam parte da mesma estrutura de poder, e o Brasil carece de uma grande imprensa independente.

Essa situação se enquadra na teoria do estado dual, desenvolvida por juristas alemães que se opunham ao Terceiro Reich. Nessa teoria, você tem um "estado normativo" (o de fachada, com normas regulando apenas alguns aspectos da vida) e um "estado prerrogativo" que realmente governa, não prestando contas a ninguém e exercendo um poder totalizante. O grau de "venezuelização" pode ser medido pelo poder desse estado prerrogativo, que hoje no Brasil faria o que bem entende, assim como o estado prerrogativo na Venezuela (o regime de Maduro).

Historicamente, o Itamaraty sofreu uma grande infiltração de elementos marxistas/comunistas a partir do final dos anos 50/começo dos anos 60, promovendo uma política externa "independente" que, na prática, buscava afastar o Brasil dos países democráticos e aproximá-lo do bloco totalitário,. Essa mentalidade, vendida como "política de estado," sabotou tentativas de alinhar o Brasil com o Ocidente democrático,.

A luta pela liberdade na Venezuela, que o Brasil liderou diplomaticamente em 2019 ao deslegitimar Maduro como chefe de uma organização criminosa, está agora em vias de ser resolvida, em grande parte, pela ação dos Estados Unidos,,,. Ironicamente, o Brasil, que esteve na liderança para devolver a liberdade à Venezuela, pode estar se tornando a referência do país mais ditatorial da América Latina.

Implicações Finais

O episódio da Magnitsky e as subsequentes especulações ilustram a urgência da transparência nos compromissos internacionais. No contexto da nova estratégia americana, a influência dos EUA sobre o Brasil se consolidou, e não diminuiu, com este entendimento, qualquer que tenha sido o seu conteúdo. Além disso, a estratégia dos EUA enfatiza a importância do patriotismo, da família e dos valores básicos, defendendo a identidade nacional e, por implicação, se opondo ao sistema multilateral dominado por potências totalitárias,,.

A batalha em curso na América Latina transcende a política tradicional; é um combate contra sistemas de poder totalitários, corrupção e criminalidade organizada que requer uma direita consciente, que entenda a multiplicidade dos desafios, incluindo o cultural,.

Metaforicamente, a falta de transparência sobre o acordo Magnitsky é como um iceberg: vemos apenas a ponta do que foi cedido (a retirada da sanção), mas o compromisso real e o ônus para a soberania nacional do Brasil (o corpo submerso do iceberg) permanecem ocultos, representando um perigo maior e desconhecido para o futuro do país.

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