Hoje até um bom dia pode ser assédio.

 


Reflexão: A Temporada de Caça e a Crise Civilizatória na Relação entre Gêneros

O conteúdo apresentado no vídeo levanta uma discussão profunda e controversa sobre as transformações no ordenamento jurídico brasileiro e ocidental, argumentando que essas mudanças estariam resultando em uma crescente desigualdade e na perda de direitos básicos por parte dos homens. O vídeo descreve o cenário atual como uma "temporada de caça" aos homens, acusando certas legislações de empoderar mulheres "mau caráteres" e de criar um desequilíbrio significativo na sociedade.

O Alarme Legislativo e a Presunção de Culpa

O autor expressa preocupação com o avanço de leis como a de violência psicológica e as medidas protetivas de urgência, que, segundo a crítica, podem ser aplicadas sem a necessidade de prova, levando à expulsão do homem de sua casa e ao afastamento dos filhos.

Um ponto central de crítica é a suposta Lei da Misogenia, que prevê que não se pode criticar ou ridicularizar as ideias de uma mulher. O vídeo questiona a lógica de que um homem não possa ridicularizar um argumento considerado "absurdo" proferido por uma mulher, sob pena de cometer um crime, enquanto o oposto seria permitido, caracterizando essa situação como um problema civilizatório. O equilíbrio de direitos é fundamental para uma civilização sadia, mas, na visão apresentada, os homens estariam sendo silenciados ou amedrontados, perdendo o direito de contradizer certas ideias femininas.

O vídeo afirma que homens estão perdendo direitos humanos básicos, como o direito ao processo legal, à legítima defesa e à presunção de inocência. Alega-se que, hoje, quando uma mulher acusa um homem de qualquer coisa, ele é "considerado culpado até que se prove o contrário", frequentemente sofrendo linchamento virtual, perdendo emprego e casamento, mesmo que sua inocência seja posteriormente comprovada sem que a mídia se esforce para resgatar sua honra.

Assédio e a Não Interação

A crise de confiança e o medo de acusações têm levado à cautela extrema. O autor chega a recomendar aos homens que evitem interagir com mulheres, sugerindo que não se deve "dar nem bom dia a uma mulher" e que é melhor não conversar ou sequer olhar para elas.

O conteúdo expõe diversos exemplos de interações cotidianas que estariam sendo reclassificadas como assédio, principalmente em ambientes de trabalho e academias:

  • Um atendente que elogia as unhas de uma cliente e sugere que ela use a cor vermelha é repreendido por dizer à mulher o que ela deve ou não fazer.
  • Um rapaz que deseja "Bom treino, guerreira" é repreendido, pois a mulher não gosta de ser chamada assim.
  • Na academia, se um homem está se exercitando no espelho e uma mulher se posiciona à sua frente, agachando, é o homem que foge para evitar ser acusado de olhar.
  • Situações em que tirar o fone mais de três vezes para falar com alguém ou parar atrás de alguém no agachamento são classificados como assédio.
  • Até mesmo o ato de gravar um vídeo e, por acaso, uma mulher aparecer no fundo pode caracterizar assédio.

O vídeo argumenta que tais definições de assédio resultam em uma situação onde homens sérios optam por evitar totalmente o contato, o que prejudica inclusive "as mulheres honestas".

O Poder da Falsa Acusação

A fonte destaca que o poder de acusação confere à mulher uma capacidade de prejuízo equiparada a um assalto. É apresentada uma encenação na qual uma mulher ameaça um homem negro com um grito de socorro se ele não lhe entregar seus bens, demonstrando que o medo masculino não é de uma arma, mas sim de "uma narrativa falsa". Esse medo de ser acusado de algo que não fez, de ser linchado ou preso, é considerado uma realidade escancarada na forma como o sistema trata o homem.

O abuso desse poder, segundo o vídeo, está frequentemente ligado à vingança, ao término de relacionamentos, ou à busca por bens e garantia da guarda dos filhos. Há também a preocupação de que a repetição de falsas denúncias — algumas mulheres chegam a receber pensão de três homens para um mesmo filho por pensão "afetiva" ou se beneficiam de estabilidade empregatícia por denúncias recorrentes de assédio — acabe prejudicando a causa das mulheres que são realmente agredidas, minando a credibilidade das denúncias futuras.

A Busca pelo Contraponto Legal

Diante desse cenário, o vídeo enfatiza a necessidade de os homens se mobilizarem para se defenderem. É mencionado o Projeto de Lei 518/2025, que visa a estabelecer mecanismos para reequilibrar a justiça em casos de Lei Maria da Penha.

O PL 518/2025 estabeleceria três pontos principais para o acusado:

  1. Direito de Defesa: O acusado seria notificado em até 24 horas para se defender em até 7 dias após uma medida protetiva ser emitida, forçando o juiz a rever sua decisão.
  2. Indenização: A mulher teria que pagar indenização por danos materiais e morais se sua denúncia falsa tivesse prejudicado o homem.
  3. Denunciação Caluniosa: O crime de denunciação caluniosa (com pena de 2 a 8 anos) teria que tramitar nos casos envolvendo a Lei Maria da Penha. Atualmente, o processo de denunciação caluniosa raramente tramita nesses casos; a nova lei forçaria o juiz a expedir um ofício ao Ministério Público para a instauração da ação.

O autor encerra o vídeo convocando os homens a apoiarem essa proposta legislativa, vista como essencial para diminuir os riscos de um homem ir para a cadeia "sem ter feito absolutamente nada".


Metáfora Conclusiva: A situação descrita nas fontes é como se o campo de jogo das interações sociais tivesse sido inclinado drasticamente, onde um lado (os homens) tem que se mover com medo constante de que qualquer passo, mesmo neutro, possa ser interpretado como uma falta grave, resultando em penalidades severas, mesmo que não haja provas. O PL 518/2025, nesse contexto, seria a tentativa de inserir um nível de árbitro independente para garantir o direito de apelação e a punição contra o abuso das regras, buscando restaurar uma "equidade" no campo.