Será que a França Já Era?







Paris: Entre a Tradição e a Infiltração Radical – Uma Reflexão sobre o Futuro da França

O recente cancelamento das celebrações de Natal e Ano Novo em Paris, motivado pelo temor de ataques extremistas, serve como um ponto de ruptura para uma reflexão profunda sobre o estado atual da sociedade francesa. O que antes era a "Cidade Luz", um reduto de tradições e cultura, hoje enfrenta um cenário onde, em viradas de ano anteriores, quase mil carros foram queimados e centenas de pessoas presas, sinalizando uma mudança drástica na segurança e no cotidiano parisiense.

A Infiltração Silenciosa e o Relatório Tardio

Um dos pontos centrais da discussão é o avanço do Islã radical, especificamente da Irmandade Muçulmana, que o próprio governo francês identificou em relatórios como uma ideologia infiltrada na política, na cultura e nos esportes. É fundamental distinguir, como destaca o conteúdo, que a crítica não se dirige ao cidadão muçulmano que pratica sua fé pacificamente, mas sim a uma agenda radical bem financiada que se aproveita das estruturas democráticas para se expandir.

O Alerta de Christopher Hitchens e o "Politicamente Correto"

A reflexão nos remete ao alerta feito por Christopher Hitchens em 2009: o direito de reclamar está sendo retirado sob o rótulo de "islamofobia". Hitchens argumentava que os "bárbaros" só tomam uma cidade quando as próprias autoridades e pregadores multiculturais mantêm os portões abertos. Atualmente, observa-se uma tendência da mídia progressista em ignorar o problema ou tratá-lo apenas como racismo sistêmico, o que impede um combate efetivo à ideologia radical.

A Ironia das Alianças Ideológicas

Surge uma contradição evidente na sociedade francesa: setores que defendem pautas progressistas, como o feminismo e a diversidade LGBTQ+, são frequentemente os mesmos que "passam pano" para ideologias radicais que, se estivessem no poder, suprimiriam todos esses direitos. O conteúdo questiona se eventos como a abertura das Olimpíadas de 2024 seriam permitidos sob um regime dominado pela Irmandade Muçulmana, concluindo que a resposta é um sonoro não.

Demografia e Poder das Minorias

Embora os muçulmanos ainda sejam uma minoria na França, as projeções indicam um crescimento exponencial, podendo chegar a 20% da população em 2050. A reflexão proposta é que não é necessária uma maioria para tomar o poder, mas sim uma minoria muito bem organizada e financiada contra uma maioria que se tornou "frouxa" e refém do politicamente correto. Enquanto o catolicismo na França envelhece, o fervor religioso entre os jovens muçulmanos cresce, muitas vezes aderindo a visões mais radicais.

Além da Religião: Crise Econômica e Geopolítica

A França também lida com problemas que vão além da questão religiosa:

  • Perda de influência: O fim do controle velado sobre recursos e fluxos financeiros em ex-colônias africanas impacta a economia.
  • Conflitos Externos: O custo político e financeiro do confronto direto com a Rússia pesa sobre o país.
  • Leis Ineficazes: Medidas como o banimento da burca em locais públicos são vistas como superficiais ("para francês ver"), pois não resolvem a criminalidade, o assédio e a hostilidade cultural.

Conclusão

Diante desse cenário, fica o questionamento: como estará a França daqui a cinco anos?. A resistência a ideologias absolutistas e a proteção da liberdade de crítica parecem ser os únicos caminhos para evitar que a tradição francesa seja completamente eclipsada. Para muitos, a cidadania europeia ainda é um ativo valioso, mas o conselho atual é buscar refúgio em regiões mais pacíficas da União Europeia, como a Polônia ou ilhas remotas, longe do caos que se instalou nas grandes metrópoles francesas.

Para entender essa situação, imagine uma casa histórica cujos proprietários, por medo de parecerem rudes com os visitantes, permitem que estranhos alterem as regras de convivência e removam as fechaduras das portas. No momento em que os donos percebem que não podem mais celebrar suas próprias festas dentro de casa, eles descobrem que a hospitalidade sem limites transformou o lar em um território onde eles próprios já não têm voz.