A Geopolítica como Jogo: Entre a Lógica do Poder e a Necessidade de Cooperação
A análise geopolítica contemporânea, sob a lente da teoria dos jogos, propõe uma visão do mundo onde as nações são jogadores estratégicos tentando otimizar seus próprios interesses e resultados,. Essa perspectiva, apresentada pelo professor Jiang Xueqin, nos convida a refletir sobre como os conflitos globais, muitas vezes vistos como caóticos, seguem lógicas estruturadas de sobrevivência, influência e economia.
O Oriente Médio e a Ucrânia: Conflitos de Desgaste e Geopolítica Estratégica
O Oriente Médio permanece como o epicentro dos conflitos globais por três razões fundamentais: sua posição como centro do comércio global, o controle de recursos petrolíferos e a influência de visões religiosas escatológicas,. Segundo as fontes, a estabilidade na região é fragilizada por interesses políticos internos; em Israel, por exemplo, a paz é vista como um risco pessoal para o primeiro-ministro Netanyahu, que enfrenta acusações de corrupção e busca prolongar o estado de guerra para evitar a prisão,.
No cenário europeu, a guerra entre Rússia e Ucrânia é descrita como uma resposta à expansão da OTAN, que teria cercado a Rússia e cruzado "linhas vermelhas",. A análise sugere que a Rússia está vencendo a batalha de atrito, enquanto a Ucrânia enfrenta um futuro sombrio como nação devido ao alto número de baixas e à fuga de refugiados,,. A continuidade desse conflito é atribuída, em parte, à "falácia do custo irrecuperável", onde os aliados europeus continuam investindo recursos em uma guerra considerada sem esperança para não admitir a perda do que já foi gasto,.
O Equilíbrio de Taiwan e a Relação China-EUA
Diferente do que propaga a mídia ocidental, a teoria dos jogos sugere que uma invasão de Taiwan pela China seria "idiota" e improvável. Isso ocorre porque a China utiliza a presença dos Estados Unidos no Leste Asiático como uma força de equilíbrio contra outras ameaças regionais, como Japão e Índia,. Além disso, a destruição da base industrial costeira chinesa e o isolamento econômico tornariam o custo militar proibitivo para o Partido Comunista, que prioriza a paz e a prosperidade interna.
Há um otimismo notável quanto à reaproximação entre as duas maiores potências mundiais. O professor Jiang destaca que a relação interpessoal entre Donald Trump e o presidente Xi Jinping, baseada em respeito mútuo e amizade, pode levar a resoluções que beneficiem ambos os países,. Essa harmonia no topo é sustentada por uma admiração genuína entre os povos americano e chinês, que compartilham valores de trabalho e inovação,.
A Maior Ameaça: Além da Geopolítica
Embora os conflitos na Ucrânia e no Oriente Médio sejam preocupações imediatas, a reflexão final volta-se para ameaças geofísicas de longo prazo, como mudanças climáticas extremas ou até uma nova era do gelo,. Esses eventos são descritos como muito mais destrutivos do que qualquer guerra.
A conclusão central é que a sobrevivência humana depende da união contra inimigos comuns. Quando Estados Unidos e China colaboram, o mundo inteiro ganha. A geopolítica, portanto, não deve ser apenas um jogo de soma zero, mas um esforço coordenado para tornar o planeta pacífico e próspero diante de desafios que transcendem fronteiras nacionais,.
Para entender essa dinâmica, imagine a geopolítica como uma partida de xadrez em um tabuleiro que está pegando fogo. Os jogadores podem passar o tempo todo tentando capturar as peças uns dos outros, mas se não trabalharem juntos para apagar o incêndio do tabuleiro, ambos perderão o jogo, independentemente de quem tiver mais peças ao final.