Aí o "sensato" da imagem paga multa por NÃO votar ou é de centrão... pqp! o mundo é polarizado mesmo, sempre foi assim e nunca vai mudar. O que devemos ter cuidado é pra não cair na armadilha do "político de estimação", ser fanático ao ponto de não saber mais discernir o que é bom ou mal para a sociedade como um todo. Eu sou de direita, Bolsonaro até tentou fazer um bom trabalho mas sinceramente fracassou como líder. Quis jogar "dentro das 4 linhas" e foi literalmente massacrado pelo sistema! O Lula foi condenado por vários crimes de corrupção, foi SOLTO pelo STF (não foi absolvido), e quase faliu o Brasil com tanto imposto. E ainda tem doente que o defende, diz que ele tem feito um bom trabalho... Esse Bostil só vai mudar quando o povo parar de pensar de forma egoísta e começar a pensar no bem maior pra sociedade! Temos que exigir o comprovante de votação, que mostre realmente em quem votamos, só assim o povo terá realmente controle sobre o sistema. Enquanto isso, os corruptos ficam mais ricos, a população em geral mais pobre, o povo que trabalha paga a conta e os que se contentam com o bolsa família continuam na miséria... acorda Brasil!
Entre o Grito e o Silêncio: Reflexões Além da Trincheira
Há uma guerra acontecendo. Não com armas, mas com palavras. Não em campos de batalha, mas em telas, mesas de bar e corações. De um lado e do outro, as certezas absolutas erguem bandeiras. “Meu lado tem razão, o seu é o mal”. E no meio desse ruído ensurdecedor, surge uma terceira voz, que acredita ser a portadora da lucidez. Uma voz que, para não sujar as mãos com a lama do embate, simplesmente aponta para ambos e os chama de cegos. Acredita que sua neutralidade é uma virtude. Mas será?
Olhe ao redor. Quando reduzimos o outro a um insulto – “gado”, “fascista”, “demoníaco” –, o que estamos construindo? Estamos fechando portas. Estamos parando os ouvidos. Estamos dizendo que a pessoa à nossa frente não merece diálogo, apenas desprezo. E nesse processo, perdemos a capacidade mais humana: a de ouvir, mesmo discordando. A polarização não está apenas nos outros. Ela mora no desejo de ter sempre razão, de ver o mundo dividido entre heróis e vilões, onde o nosso político é sempre o herói, mesmo quando falha, e o seu é sempre o vilão, mesmo quando acerta.
E então vem a armadilha mais perigosa: a do político de estimação. É quando a defesa deixa de ser sobre ideias, projetos, resultados para a sociedade, e se torna pessoal. Afetiva. É como torcer para um time de futebol: as cores importam mais do que o jogo. O líder pode errar, pode falhar, pode não entregar o prometido, mas a camisa deve ser defendida a qualquer custo. Nesse ponto, perdemos o discernimento. Deixamos de analisar o que é bom ou ruim para o coletivo e passamos a torcer pelo nosso ícone. A política vira espetáculo, o político vira celebridade, e o povo, plateia cativa de um reality show interminável e amargo.
É fácil culpar apenas os líderes, o sistema, os corruptos. E há culpa ali, sim. Mas a reflexão precisa ser mais profunda. Ela começa no espelho. Como nós, cidadãos comuns, temos nos portado? Estamos buscando entender os números por trás dos discursos? Estamos nos informando além das manchetes e dos algoritmos que nos mostram apenas o que queremos ver? Ou estamos contentes em repetir bordões, em compartilhar ódio disfarçado de opinião, em achar que o nosso lado é puro e o outro, impuro?
A verdadeira mudança não virá de um salvador da pátria. Ela nasce de uma mudança de postura. De baixo para cima. É quando paramos de pensar no bem “do meu grupo” e começamos a exigir o bem “de todos”. É entender que uma sociedade saudável não é aquela onde metade celebra e a outra metade chora, mas onde as decisões, mesmo difíceis, são tomadas com transparência e visando o menor sofrimento e a maior oportunidade para a maioria.
Exigir transparência é um passo. Saber em quem se vota, acompanhar o voto, cobrar resultados são atitudes de uma cidadania ativa, não passiva. Mas antes mesmo do voto, é preciso exigir clareza de si mesmo. Que ideias realmente defendo? Que valores são inegociáveis para mim? Estou disposto a ouvir argumentos que contestam minhas crenças? Ou meu mundo é uma fortaleza inexpugnável?
O caminho para um país melhor não passa necessariamente pelo centro, pela esquerda ou pela direita. Passa pela maturidade. Pela coragem de sair do conforto da torcida cega e entrar no campo difícil do diálogo. Pelo entendimento de que podemos defender nossas convicções com firmeza, sem precisar desumanizar quem pensa diferente.
A próxima vez que você for falar de política, pause. Antes de defender ou atacar, pergunte-se: estou contribuindo para o ruído ou para a solução? Estou repetindo um mantra ou estou propondo um pensamento? A mudança que desejamos para o Brasil começa no tom da nossa próxima conversa. No respeito da nossa próxima resposta. Na humildade de nossa próxima escuta.
O país não é feito apenas de governantes. É feito de encontros. De trocas. De pessoas que, apesar de diferentes, compartilham o mesmo chão, os mesmos sonhos de um futuro digno. Não entregue seu poder de pensar, de criticar, de esperar por algo melhor, a nenhum político, a nenhuma bandeira, a nenhum rótulo. A esperança não é um discurso. É uma atitude diária, quieta e persistente, de quem acredita que podemos ser mais do que inimigos. Podemos ser concidadãos. Basta querer.