síndrome de burnout: cuidado com a saúde mental

 



#SetembroAmarelo está terminando, mas o cuidado com a saúde mental precisa continuar 💛

O mês de setembro chega ao fim, e com ele, as campanhas mais intensas do SetembroAmarelo começam a sair dos holofotes. No entanto, a conscientização sobre a saúde mental é um compromisso que não pode ser calendarizado. É uma necessidade contínua, um cuidado que deve permear todos os dias do ano. E entre os maiores desafios atuais nessa esfera, que muitas vezes começa de forma silenciosa e vai se agravando com o tempo, está a síndrome de burnout.

O burnout não é simplesmente "estar estressado no trabalho". É um estado de exaustão física, mental e emocional profunda, resultante de um estresse crônico e mal gerenciado no ambiente profissional. É um processo lento e insidioso, onde os sinais de alerta, como excesso de carga, pressão constante e a falta de equilíbrio entre vida pessoal e profissional, são frequentemente normalizados ou ignorados, até que seja tarde demais.

Observando os "Gatilhos do Burnout", podemos entender melhor como essa síndrome se instala. Eles costumam ser uma combinação perigosa de fatores externos e internos.

Do lado de fora, nas organizações, encontramos:

   Sobrecarga de trabalho e prazos irreais: A constante demanda por mais resultados em menos tempo.
   Líderes intransigentes e inflexíveis: A falta de empatia e apoio da liderança, que gera um ambiente tóxico.
   Excesso de cobrança e falta de reconhecimento: O esforço é demandado, mas nunca parece ser suficiente ou valorizado.
   Falta de autonomia: O colaborador não tem voz ativa ou controle sobre suas decisões e a resolução de problemas.

E, internamente, fatores pessoais que nos tornam mais vulneráveis:

   Expectativas irreais sobre si e perfeccionismo: A busca por um padrão inatingível, que gera frustração constante.
   Busca por validação externa e medo de desagradar: A autoestima está diretamente ligada à aprovação dos outros.
   Auto cobrança excessiva: Ser o maior crítico de si mesmo.
   Reprimir as próprias necessidades e a síndrome do impostor: Ignorar os limites do corpo e da mente, e acreditar que não é bom o suficiente, apesar das evidências contrárias.
   Não se permitir descansar e evitar emoções negativas: A cultura do "sempre produtivo" e a incapacidade de lidar com frustrações.

Portanto, é fundamental que líderes e organizações não restrinjam esse debate a um único mês. Combater o burnout exige uma mudança cultural profunda. Precisamos de ambientes de trabalho que:

   Valorizem as pausas: Entendam que descansar não é preguiça, é uma necessidade biológica para a criatividade e a produtividade sustentáveis.
   Incentivem conversas abertas: Criem espaços seguros onde os colaboradores possam falar sobre suas dificuldades sem medo de retaliação.
   Enxerguem o colaborador como um ser humano integral: Para além das metas e dos resultados, há uma pessoa com vida, emoções e limites.

Cuidar da mente é cuidar da vida. É a base para um futuro sustentável, não apenas para as carreiras individuais, mas para a saúde de qualquer negócio. Que o fim do SetembroAmarelo seja, na verdade, o início de um compromisso genuíno e permanente com o bem-estar de todos. Porque a saúde mental não pode esperar pelo próximo setembro.

💛




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