A Controvérsia da "Macumbinha para Trump": Poder da Palavra, Intolerância Religiosa e Preconceito

 

Recentemente, a icônica cantora brasileira Alcione se viu no centro de uma polêmica após um vídeo seu viralizar nas redes sociais, onde ela afirmava que faria uma "macumbinha para Trump" para que ele "deixe o Brasil em paz" e "larga Alexandre de Morais". Essa declaração gerou reações diversas, levantando debates sobre o poder das palavras, a liberdade religiosa e o combate ao preconceito.

O Poder das Palavras e a Lei da Semeadura

Um dos vídeos analisa a declaração de Alcione sob a ótica do "feitiço virando contra o feiticeiro", afirmando que as palavras têm muito poder e o mal desejado ao próximo pode retornar com muita força. O narrador do vídeo enfatiza que as palavras possuem a capacidade de abençoar e amaldiçoar, sendo comprovado tanto biblicamente quanto cientificamente. Ele cita um experimento hipotético com arroz e água, onde potes que recebiam palavras negativas mofavam, enquanto os abençoados permaneciam intactos.

Essa perspectiva sugere que desejar o mal ao inimigo é perigoso, pois a pessoa pode acabar passando pela mesma situação que desejou para o outro. A mensagem é reforçada com a citação bíblica de Jesus: "Amai os vossos inimigos, orai pelo que vos persegue", e a "lei da semeadura" – "tudo que nós plantamos nós vamos colher". Nesse contexto, a declaração de Alcione é vista como um "plantio" que poderia ter consequências negativas para ela mesma.

O vídeo também menciona o caso da cantora Preta Gil, que supostamente teria proferido ofensas contra um ex-presidente e, posteriormente, adoeceu e faleceu, ligando o evento ao "poder da palavra". No entanto, é importante notar que a notícia inicial sobre Alcione ter sofrido um infarto e ter sido internada foi desmentida pela própria cantora, que apareceu bem e feliz, afirmando estar com a família e agradecendo a Deus, Nossa Senhora, o Divino Espírito Santo e "todos os orixás". O narrador cristão do vídeo, embora aliviado que a notícia fosse falsa, reitera que "quem Deus protege mal nenhum consegue tocar", indicando que "macumbinha não vai pegar porque Jesus é o nosso escudo".