Estudo sobre o livro de João: capítulo 18

 


João 18: A Prisão e os Julgamentos de Jesus

O capítulo 18 do Evangelho de João, na Nova Tradução na Linguagem de Hoje (NTLH), marca o início da narrativa da paixão de Jesus, detalhando os eventos de sua prisão e os primeiros interrogatórios perante autoridades judaicas e romanas. Este capítulo é crucial para entender os desdobramentos que levaram à crucificação.

A Traição e Prisão de Jesus (João 18:1-11)

A narrativa começa com Jesus e seus discípulos atravessando o vale do Cedrom em direção a um jardim, onde Judas Iscariotes, o traidor, os esperava com um destacamento de soldados romanos e guardas do Templo (João 18:1-3). Jesus, ciente de tudo o que Lhe aconteceria, toma a iniciativa de se apresentar, perguntando a quem procuravam. Ao ouvirem "Jesus de Nazaré", os soldados recuam e caem no chão (João 18:4-6), demonstrando o poder divino de Jesus mesmo em sua humilhação.

Jesus então se entrega voluntariamente, mas pede que deixem Seus discípulos irem (João 18:7-9). Nesse momento, Simão Pedro tenta defendê-lo, puxando uma espada e cortando a orelha direita de Malco, um servo do Sumo Sacerdote. Jesus, porém, o repreende, dizendo para guardar a espada e aceitar o cálice que o Pai Lhe deu (João 18:10-11). Essa passagem destaca a voluntariedade de Jesus em cumprir a vontade do Pai, mesmo que isso signifique sofrimento.

Jesus Diante de Anás e Caifás (João 18:12-27)

Após ser preso, Jesus é levado primeiro a Anás, que era sogro de Caifás, o Sumo Sacerdote daquele ano (João 18:12-13). Anás interroga Jesus sobre Seus discípulos e Sua doutrina (João 18:19). Jesus responde que sempre falou abertamente em sinagogas e no Templo, e os exorta a perguntar aos que O ouviram (João 18:20-21). Um dos guardas bate em Jesus por essa resposta, mas Jesus o questiona sobre a justiça do ato (João 18:22-23). Anás então O envia, ainda amarrado, a Caifás (João 18:24).

Durante esse período, Simão Pedro segue a uma distância e entra no pátio do Sumo Sacerdote. Ele é confrontado por uma criada na porta e depois por outras pessoas, negando conhecer Jesus por três vezes, exatamente como Jesus havia predito. Imediatamente, um galo canta (João 18:15-18, 25-27), marcando o cumprimento da profecia.

Jesus Diante de Pilatos (João 18:28-40)

De Caifás, Jesus é levado ao palácio do governador romano, Pilatos. Os líderes judeus não entram no palácio para não se contaminarem e poderem comer a Páscoa (João 18:28), revelando sua preocupação com rituais religiosos enquanto tramam a morte de um inocente.

Pilatos questiona a acusação contra Jesus. Os judeus insistem que Ele é um criminoso (João 18:29-30). Pilatos tenta se esquivar, sugerindo que eles O julguem conforme suas leis, mas eles respondem que não tinham autoridade para executar ninguém (João 18:31), confirmando a profecia de Jesus sobre o tipo de morte que Ele sofreria.

Pilatos então entra no palácio e interroga Jesus diretamente: "És tu o Rei dos judeus?" (João 18:33). Jesus esclarece que Seu Reino não é deste mundo, pois se fosse, Seus servos lutariam para que Ele não fosse entregue. Ele afirma ser Rei, mas que Seu propósito é testemunhar da verdade (João 18:36-37). Pilatos pergunta: "Que é a verdade?" (João 18:38a), mas não espera pela resposta, saindo novamente para falar com os judeus.

Ele tenta libertar Jesus, apelando para o costume da Páscoa de soltar um prisioneiro. Pilatos oferece Jesus ou Barrabás, um criminoso notório. No entanto, a multidão, instigada pelos líderes, grita para que soltem Barrabás (João 18:39-40), selando o destino de Jesus.

Este capítulo estabelece a base para os eventos dramáticos da crucificação, mostrando a injustiça dos julgamentos, a fragilidade humana dos discípulos e a soberania de Jesus diante de Seu destino.



Link para o capítulo na Bíblia Online (NTLH):  João 18 


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